Por Nancy Ferreira

Neste período de pandemia, é natural apresentarmos muitas dúvidas relacionadas à transmissão do novo coronavírus pelos animais, se podemos passear com eles na rua e como nos portarmos diante deles, caso estejamos infectados .

Na verdade, as informações plenamente confiáveis sobre o vírus ainda são escassas. Trata-se de uma virose muito nova, ainda desconhecida em muitos aspectos e que a cada momento nos surpreende. Há quase 6 meses fazendo parte de nosso dia-a-dia no Brasil, ainda sabemos pouco sobre a COVID-19. Os dados que relataremos foram colhidos do site dos Centers for Disease Control and Prevention (CDC)*, dos Estados Unidos, que têm pesquisado profundamente a questão dos pets frente ao novo coronavírus.

De concreto, com ou sem pandemia, temos o seguinte: passear é fundamental para a saúde física e mental dos cães. A tal ponto que a Ministra da Agricultura da Alemanha, Julia Klöckner, na semana passada implementou uma nova legislação obrigando os tutores a levarem seus cães para passear por no mínimo 1h, duas vezes ao dia.**


No meio de tantas incertezas, seguem algumas dicas do que temos feito com a Lully e o Thor, no sentido de protegê-los e também de nos mantermos seguros:

1) A higienização dos cães é mandatória após o passeio. Usamos lenços umedecidos antissépticos nas patinhas e no corpo deles também. Depois secamos bem com a toalhinha fina de algodão. Detalhe: o Thor adora ser higienizado! Como chega cansado, dorme durante essa massagem nos pezinhos e mãozinhas. NUNCA utilize álcool ou água sanitária nas patinhas de seu pet! Isso irá queimá-las.


2) A coleira, guia e peitoral também devem ser limpos, sem exageros. Aqui borrifamos álcool 70 nestes itens, a cada saída.

3) Nós tutores usamos máscaras, mas é claro que eles não, e evitamos aglomerações. Com a atual flexibilização na abertura de restaurantes, bares e lojas, sempre atravessamos a rua quando nos deparamos com grupos reunidos.

4) Evitamos parques específicos para cães (como o Parcão), por acreditarmos que ainda não seja hora para esta ampla socialização. Os pets não são transmissores da doença, mas podem ser transportadores. Além disso, nestes parques há grande concentração de humanos, algo pouco recomendável nos tempos atuais.

Tomadas estas medidas de segurança para humanos e pets, temos vencido o vírus. Propomos a vocês que se informem adequadamente sobre as formas de transmissão do corona, para que a fobia diminua. Temos que respeitar essa virose sim, mas não deixar que isso nos paralise e que mantenhamos nossos pets em clausura. Eles, diferentemente de nós, não entendem por que, de uma hora para outra, os passeios acabaram. Um estudo feito pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) com 1460 pessoas em 23 estados mostrou que os casos de depressão aumentaram 90%, estresse agudo 40% e crises de ansiedade 71% durante a pandemia.

As informações foram coletadas em dois períodos: entre 20 e 25 de março, e entre 15 e 20 de abril (Revista Veja, maio 2020). No meio de todas essas estatísticas, imaginem quais seriam os números referentes a eles, caso pudessem ser medidos. Bem sabemos que o nosso estado de humor é transmitido aos pets, de uma forma inquestionável, por isso somos responsáveis pelo seu bem-estar e não podemos apavorá-los com questões que sejam nossas.

Estas são algumas “verdades” do momento:


1) Um pequeno número de pets, incluindo gatos e cachorros, em todo o mundo, foi infectado pelo novo coronavírus, a maioria após contato próximo com pessoas portadoras da COVID-19. Os pets infectados podem ser assintomáticos ou não. Entre os que contraíram o vírus, alguns tiveram apenas uma forma branda da doença e todos se recuperaram.

2) Com base na informação limitada disponível até o presente momento, o risco de animais disseminarem a COVID-19 aos humanos é considerado baixo.

3) Parece que o vírus que causa a COVID-19 pode ser transmitido das pessoas para os animais, em algumas situações.

4) Cuide do seu pet como você faria com qualquer outro membro da família: não o deixe interagir com as pessoas de fora do lar.

5) Se alguém em casa ficar doente, esta pessoa deve ser isolada de todos, inclusive dos pets.

6) Não há evidências de que o novo coronavírus possa contaminar pessoas através da pele ou do pelo de pets.

Muito rapidamente, o nível de conhecimento sobre o vírus tem evoluído. Tenhamos em mente de que esta é uma situação temporária, prestes a ser controlada. Assim, no momento cabe a nós tomarmos as precauções necessárias, sem alardes nem pânico. Com todo o cuidado necessário, podemos dar prazer aos nossos bichinhos, passear e brincar muito com eles. Isso é saudável para nós também!

* www.cdc.gov/coronavirus/2019-ncov/daily.life-coping/pets.html

**dailymail.co.uk/news/article-8643509/German-dog-owners-ordered-law-pets-hour-long-walks.html


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